terça-feira, 22 de novembro de 2016

(CINESIO) Estabilização Segmentar lombar


A lombalgia é uma excessiva fadiga da musculatura eretora é a predita a do primeiro episódio de dor lombar e muitas vezes associado à dor crônica. Hipoteticamente isto pode ser provocado por diversos fatores, como: obesidade, má-postura, alterações ortopédicas e acidentes, que causam alterações na atividade da musculatura profunda. Diversos estudos têm evidenciado o papel fundamental dos músculos que proporcionam a estabilidade segmentar vertebral. Foi observado que o músculo lombar, transverso abdominal e as fibras profundas do multífido (MF) são responsáveis pela estabilização segmentar. Além disso, vários estudos demonstraram correlação entre a disfunção destes músculos com desenvolvimento de lombalgias. A compreensão para um trabalho de resistência e força dos músculos estabilizadores tem sido defendida como modo de prevenir e reabilitar várias desordens da coluna e também melhorar a performance de atletas.
O conceito da estabilização segmentar lombar (ESL), que recebe várias definições na literatura, como: fortalecimento do core, estabilização dinâmica, treinamento neuromuscular do tronco, entre outros. O treinamento da estabilização segmentar é caracterizado por isometria de baixa intensidade e sincronia dos músculos profundos do tronco. Programas que visam a resistência dos músculos profundos abdominais são projetados para melhorar o controle motor e a força da região do tronco, contribuindo para a redução da dor lombar.
Segundo o modelo biomecânico da coluna descrito, é similar aos outros sistemas, a longevidade e a eficiência deles depende da precisão da função de cada segmento, isto inclui o alinhamento e sustentação da postura e um padrão de movimento que reduza a tensão nos tecidos, “zona neutra” evitando as causas dos microtraumas nos tecidos articulares e permitindo a eficiente ativação muscular.
Segundo o modelo de Panjabi, 1992, a estabilidade vertebral depende da integração entre três subsistemas. O sistema passivo, que consiste dos corpos vertebrais, articulações facetarias, cápsulas articulares, ligamentos espinhais e discos intervertebrais que fornecem a maior parte da estabilização e dela participam por meio das propriedades visco elásticas; este sistema tem maior função em amplitudes que estão fora da zona neutra. O sistema ativo, constitui-se dos músculos espinhais, multífidos e músculo transverso do abdômen que tem ligação com a fascia tóraco-lombar que quando ativado promove um mecanismo que se assemelha a uma “cintaliga” estabilizando as vértebras, musculatura do assoalho pélvico e diafragma. Este componente tem maior atividade em amplitudes dentro da zona neutra e fornecem suporte e rigidez no nível intervertebral para sustentar as forças compressivas.
  O sistema de controle neural recebe informações dos sistemas passivo e ativo, por meio dos receptores, e tem o papel de captar as alterações de equilíbrio e determinar os ajustes específicos, por meio da musculatura da coluna, restaurando a estabilidade. Em situações normais, apenas uma pequena quantidade de co-ativação muscular, cerca de 10% da contração máxima, é necessária para a estabilidade 16. Quando um desses sistemas falha os outros dois se reorganizam para dar continuidade a homeostase. Porém, muitas vezes, essa reorganização é inadequada sobrecarregando os subsistemas, promovendo uma cronicidade da disfunção-instabilidade vertebral.

Os músculos responsáveis pela estabilização segmentar são: multífido, transverso do abdômen, músculos do assoalho pélvico e quadrado lombar.  

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