A
lombalgia é uma excessiva fadiga da musculatura eretora é a predita a do
primeiro episódio de dor lombar e muitas vezes associado à dor crônica.
Hipoteticamente isto pode ser provocado por diversos fatores, como: obesidade,
má-postura, alterações ortopédicas e acidentes, que causam alterações na
atividade da musculatura profunda. Diversos estudos têm evidenciado o papel
fundamental dos músculos que proporcionam a estabilidade segmentar vertebral.
Foi observado que o músculo lombar, transverso abdominal e as fibras profundas
do multífido (MF) são responsáveis pela estabilização segmentar. Além disso,
vários estudos demonstraram correlação entre a disfunção destes músculos com
desenvolvimento de lombalgias. A compreensão para um trabalho de resistência e
força dos músculos estabilizadores tem sido defendida como modo de prevenir e
reabilitar várias desordens da coluna e também melhorar a performance de
atletas.
O
conceito da estabilização segmentar lombar (ESL), que recebe várias definições
na literatura, como: fortalecimento do core, estabilização dinâmica,
treinamento neuromuscular do tronco, entre outros. O treinamento da
estabilização segmentar é caracterizado por isometria de baixa intensidade e
sincronia dos músculos profundos do tronco. Programas que visam a resistência
dos músculos profundos abdominais são projetados para melhorar o controle motor
e a força da região do tronco, contribuindo para a redução da dor lombar.
Segundo
o modelo biomecânico da coluna descrito, é similar aos outros sistemas, a
longevidade e a eficiência deles depende da precisão da função de cada segmento,
isto inclui o alinhamento e sustentação da postura e um padrão de movimento que
reduza a tensão nos tecidos, “zona neutra” evitando as causas dos microtraumas
nos tecidos articulares e permitindo a eficiente ativação muscular.
Segundo
o modelo de Panjabi, 1992, a estabilidade vertebral depende da integração entre
três subsistemas. O sistema passivo, que consiste dos corpos vertebrais,
articulações facetarias, cápsulas articulares, ligamentos espinhais e discos
intervertebrais que fornecem a maior parte da estabilização e dela participam
por meio das propriedades visco elásticas; este sistema tem maior função em
amplitudes que estão fora da zona neutra. O sistema ativo, constitui-se dos
músculos espinhais, multífidos e músculo transverso do abdômen que tem ligação
com a fascia tóraco-lombar que quando ativado promove um mecanismo que se
assemelha a uma “cintaliga” estabilizando as vértebras, musculatura do assoalho
pélvico e diafragma. Este componente tem maior atividade em amplitudes dentro
da zona neutra e fornecem suporte e rigidez no nível intervertebral para
sustentar as forças compressivas.
O
sistema de controle neural recebe informações dos sistemas passivo e ativo, por
meio dos receptores, e tem o papel de captar as alterações de equilíbrio e determinar
os ajustes específicos, por meio da musculatura da coluna, restaurando a
estabilidade. Em situações normais, apenas uma pequena quantidade de
co-ativação muscular, cerca de 10% da contração máxima, é necessária para a
estabilidade 16. Quando um desses sistemas falha os outros dois se reorganizam
para dar continuidade a homeostase. Porém, muitas vezes, essa reorganização é
inadequada sobrecarregando os subsistemas, promovendo uma cronicidade da
disfunção-instabilidade vertebral.
Os
músculos responsáveis pela estabilização segmentar são: multífido, transverso
do abdômen, músculos do assoalho pélvico e quadrado lombar.
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