O alongamento é uma manobra
terapêutica utilizada para aumentar o comprimento (alongar) de tecidos moles
que estejam encurtados, podendo ser definido também como técnica utilizada para
aumentar a extensibilidade músculo tendinosa e do tecido conjuntivo
periarticular, de tal modo contribuindo para aumentar a flexibilidade
articular.
No alongamento estático músculos e tecidos
são estirados e mantidos em posição estacionária em seu maior comprimento
possível por um período de 15 a 60 segundos o procedimento realizado
é alongar o músculo de forma lenta e gradual. Dentre as vantagens do alongamento estático contribui
para o alivio das dores musculares e para melhora da flexibilidade, e reduzem o
gasto de energia global, diminuem a possibilidade de ultrapassar a
extensibilidade tecidual e diminui a possibilidade de causar dores musculares,
afirmam também que ele reduz a atividade dos fusos musculares e aumenta
consideravelmente a atividade dos órgãos tendinosos de golgi (OTG).
O alongamento
Balístico o músculo é levado a se contrair e relaxar de forma rápida e repetida,
levando a deflagração de estímulos que mandam o músculo contrair ao invés de
relaxar (reflexo de estiramento), aumentando a possibilidade de causar micro
lesões que posteriormente podem interferir no bom funcionamento do músculo.
Alongamento por facilitação proprioceptiva neuromuscular é uma
outra técnica utilizada, as técnicas de FPN são métodos “para promover ou
acelerar a resposta de um mecanismo neuromuscular pela estimulação de
proprioceptores”. Com base nesses conceitos de influenciar a resposta muscular,
podem-se usar as técnicas de FPN para fortalecer os músculos e aumentar sua
flexibilidade articular.
As indicações do alongamento
são quando a amplitude de movimento está limitada como resultado de
contraturas, adesões e formações de tecido cicatricial, levando ao encurtamento
de músculos, tecido conectivo e pele; quando as limitações podem levar a
deformidades estruturais que podem ser prevenidas; quando as contraturas
interferem com as atividades funcionais cotidianas; quando existe fraqueza
muscular e retração nos tecidos opostos. Os músculos retraídos devem ser
alongados antes que os músculos fracos possam ser efetivamente fortalecidos.
Existem algumas
contra-indicações para o uso das técnicas de alongamento. Segundo Kisner (1998)
quando um bloqueio ósseo limita a mobilidade articular ou após uma fratura
recente, evidências de processos inflamatórios ou infeccioso agudo intra ou
extra-articular e sensação de dor, trauma nos tecidos ou quando existem
contraturas ou os tecidos moles encurtados estiverem promovendo aumento na
estabilidade articular em substituição a estabilidade estrutural normal ou
quando forem a base de habilidade funcionais, principalmente em pacientes com
paralisia ou fraqueza muscular
Os efeitos do
alongamento se dividem em agudos e crônicos, pois os agudos ou imediatos são
resultado da flexibilização do componente elástico da unidade musculotendinosa,
obtidos com exercícios sistemáticos de alongamento. Os efeitos crônicos ou a
longo prazo são o acréscimo no número de sarcômeros que implica o aumento do
comprimento muscular. Estes efeitos podem permanecer por determinado período
após a interrupção dos exercícios. Existem outros efeitos promovidos pelos
exercícios de alongamento como: redução de tensões musculares, prevenção de
lesões como as distensões, estiramentos (a capacidade de um tecido em se moldar
às tensões diminui a probabilidade de lesão), auxílio na recuperação muscular
após uma atividade física, desenvolvimento de consciência corporal, benefício a
coordenação por tornar os movimentos mais soltos e fáceis e a ativação da
circulação.
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